AQUAPONIA
Alternativa para sustentabilidade na
Aquicultura.
Introdução:
A
aquicultura tem o dever de substituir a maior parte do pescado capturado e que
é consumido pela humanidade ainda no início desse século, para isso devemos
tornar a atividade mais sustentável e melhorar o aproveitamento dos recursos a
fim de reduzirmos os desperdícios e promover maior produtividade. Seguindo a
lógica de que a produção próxima ao mercado consumidor é uma estratégia que
disponibiliza produtos mais frescos e reduz custos de transporte e conservação,
temos em contrapartida que essas áreas são mais caras e disputadas com outras
atividades. Nesse caso é fundamental que a produção seja mais intensiva e que
reduza a necessidade de recursos como água e energia. A aquaponia é então a
atividade ideal para uma aquicultura urbana e também para as pequenas
propriedades onde temos limitações de espaço e de capital para investimentos e
custeio.
Diferente
de outras modalidades de aquicultura, a aquaponia reutiliza a água,
possibilitando que adições de alcalinidade e corretores de pH não sejam
desperdiçados, compartilha custos, água e energia para duas produções
(organismos aquático e plantas), otimiza o espaço para produção e amplia as
receitas.
Foto: Implantação do sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Princípios para implantação de um sistema aquaponico:
Uma
aquaponia deve conter 3 setores distintos, que podem ou não ocupar o mesmo
espaço. São os viveiros de criação de organismos aquáticos, os filtros para
recuperação da qualidade da água e a área destinada à produção vegetal.
Completando o sistema temos os equipamentos que possibilitam a recirculação de
água e os de aeração.
Foto: Plantio de Mudas de hortaliças no sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Foto: Filtro Biológico com cacos de telhas no sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Considerações a ser tomada ao se construir uma unidade
de cultivo:
Foto: inserindo as matrizes no sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Os
viveiros de produção devem facilitar a remoção de MO e sujeiras (auto
limpante), homogenizar a qualidade da água, concentrar os sólidos em uma fração
do viveiro e que a velocidade da água não afete o comportamento da espécie
criada.
A
produção deve formar lotes com diferentes fases de desenvolvimento para não
esforçar demais o sistema de tratamento do efluente e para distribuir a
produção de forma a atender o mercado. A divisão da produção em lotes também
possibilita a instalação de barreiras sanitárias que evitam a disseminação de
enfermidades.
Foto: Produção de Hortaliças Orgânicas no sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
O tamanho
e o numero de viveiros determinam o investimento inicial e o capital para
manutenção do sistema. Viveiros menores possibilitam a implantação do projeto
em módulos diminuindo os riscos na produção e reduzindo os custos iniciais.
A forma
de construir os viveiros influi diretamente na produção sendo que as
características locais como topografia, disponibilidade de área e etc. é que
irão determinar a sua forma. Podendo ser feita a escolha devemos ter como
primeira opção os viveiros circulares seguidos do quadrado com os cantos
arredondados por permitirem a remoção de sólidos, melhor distribuição do
oxigênio, homogeneidade da qualidade da água e menor tempo de residência dos
sólidos. Viveiros do tipo raceway não proporcionam bom desempenho nesses
quesitos.
As
bancadas para plantas devem seguir os padrões de hidroponia (dimensões e tipo
de material empregado), isso inclui as variedades de plantas cultivadas. O
numero de bancadas e a produtividade vegetal deve ser dimensionada a partir da
média do arraçoamento diário.
Foto: Produção de Hortaliças Orgânicas no sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Foto: sistema finalizado - piloto de aquaponia da Associação APASIAN
Foto: produção diversificada (tomate; salsa; alface) sistema piloto de aquaponia da Associação APASIAN
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS .
texto: Manuel dos S. P. BRAZ Filho
texto: Manuel dos S. P. BRAZ Filho
M. Villarroel, J. M.
R. Alvariño and J. M. Duran. Aquaponics: integrating
fish feeding rates and ion waste production for strawberry hydroponics. Spanish Journal of Agricultural
Research 2011, 9 pg.
James E. Rakocy, Michael P. Masser and
Thomas M. Losordo. Recirculating Aquaculture Tank Production Systems:
Aquaponics—Integrating Fish and Plant Culture. SRAC Publication No. 454, November 2006, 16 pg.
parabens
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