SISTEMATIZAÇÃO
PROJETO JAGUARI DE TANQUES REDES - APASIAN
Elaboração e
Início do Projeto
Em julho de 2011 fomos convidados pelo ICE a participar de uma
reunião onde seria apresentado o Programa PorAmérica ministrado pela senhora
Wanda. Após a apresentação o ICE convidou algumas entidades presentes a apresentar
um projeto para o programa. Quatro entidades toparam o desafio: APASIAN, AIPRO, CATAPAPEL
e Associação de produtores de LEITE da região. O ICE disponibilizou uma empresa
para nos dar suporte, o Instituto Meio da cidade de SP.
Elaboramos um projeto de geração de renda para pessoas de baixa
renda e o combate a pesca predatória, projeto este de criação de peixes em
tanques redes.
Com o apoio do ICE e do Instituto Meio começamos a elaboração do
projeto de criação de peixes em tanques redes na represa do Jaguari, localizada
em nosso município. Realizamos várias reuniões para elaboração do projeto que exigiu
de todos uma atenção especial para elaborar cada item do projeto que não foi
fácil ainda mas para nós da APASIAN que nunca tínhamos feito um projeto e não
sabíamos por onde começar. Na época tínhamos 3 anos de fundação e muita vontade
de participar do programa. Elaboramos a Linha de Base do projeto em Outubro do
mesmo ano fomos convidados pelo programa a participar de uma capacitação na
cidade de Campinas-SP. Lá aprendemos várias coisas, entre elas como fazer o
Marco Lógico do projeto, causa e consequências do problema, forças e fraquezas,
etc.
Depois apresentamos ao programo o projeto linha de base que foi
aprovado e fomos convidados a apresentar o projeto nos moldes do programa. Vinha
por ai mais um desafio,pois precisamos fazer várias pesquisas, já que além do
que já havíamos escrito no projeto precisaríamos colocar valores e discriminar
o projeto mais detalhadamente. Fomos visitar a CETESB para saber como conseguir
a licença ambiental para aquicultura e também era preciso saber em quanto tempo
conseguiríamos a licença para prevê-la no projeto. Nosso prazo era curto,
tínhamos cerca 45 dias para apresenta-lo pois só assim conseguiríamos
participar com outras entidades selecionadas no Brasil.
Em dezembro de 2011 apresentamos o projeto final ao programa que
nos comunicou que o projeto passaria pela avaliação dos técnicos do programa e
assim que fosse avaliado nos dariam uma resposta se fomos aprovados ou não. Cerca
de um mês após o mesmo nos comunicou que o nosso projeto foi aprovado. No
primeiro momento não acreditamos que tínhamos conseguido que o um projeto feito
por nós tinha sido aprovado, demorou par acordarmos e ver que tudo aquilo era
real e não um sonho. Convocamos todos os sócios para uma reunião extra ordinária
pois aquele momentos era um momento importantíssimo para APASIAN e para nossa
cidade, pois existe em nosso município outras entidades com tanta idoneidade
como a APASIAN e nunca tinham conseguido trazer para nosso município um projeto. Espalhamos pelos quatro cantos da
cidade que nós tínhamos sido contemplados com uma verba do programa Por América
e iríamos desenvolver um projeto de geração de renda no município para 11
pessoas de baixa renda, inscritas no projeto da APASIAN.
Depois de alguns dias o programa nos convidou a participar de uma
capacitação na Cidade de São Paulo, ministrada pela senhora Wanda que nos
ensinou como deveríamos prestar contas do dinheiro que usaríamos no
desenvolvimento do projeto e que de cada desembolso teríamos que gastar no
mínimo 70% para prestarmos conta ao programa e pedirmos o próximo desembolso. Se
caso não conseguíssemos gastar os 70% não poderíamos entrar com o pedido do
próximo desembolso ou precisaríamos solicitar junto ao programa com o pedido de
realocação do recurso.
Logo em seguida fomos comunicados que o primeiro desembolso estava
previsto para junho 2012.
Aprendemos com a elaboração do projeto que somos capazes de
elaborarmos e desenvolvermos outros projetos para trazer o desenvolvimento do
município e com isto podemos ajudar a criar mais empregos no local para que não
ocorra a imigração dos munícipes em busca de emprego nas cidade vizinhas,
contribuindo no aumento da renda per capta dos município e também com o aumento
da renda familiar aumentando a auto estima do trabalhador.
Licenciamento
Ambiental
Em março do mesmo ano entramos com o pedido de licença ambiental
na CETESB, pois quando fizemos a pesquisa na elaboração do projeto final, a
mesma havia dito que a licença sairia em torno de 3 meses, então nos adiantamos
para ganhar tempo e entramos com o pedido. Depois de 4 meses a CETESB nos
convocou para uma reunião com seus técnicos e nesta reunião nos pediram para providenciar
alguns documentos que se faziam necessário para o andamento da licença. Nos
deram uma lista com as exigências e logo em seguida começamos a buscar os
documentos. Fomos até o DAEE (Departamento de Água e Esgoto) em busca da
licença da outorga (uso) da água, quando protocolamos o pedido recebemos a notícia
que a mesma teria que passar por vários setores e a resposta do pedido levaria
de 6 a 8 meses para sair. Com esta resposta ficamos desesperados mas não desanimamos.
Conseguimos uma reunião com o presidente do DAEE e para explicarmos o projeto e
ele convocou seus técnicos pedindo para que agilizassem nosso processo pois que
não poderíamos esperar tanto pelo mesmo. Em seguida buscamos um parecer técnico
da CESP (Companhia Elétrica do São Paulo) concessionária responsável pela
preservação da represa do Jaguari. Fomos também até a Secretaria do Meio Ambiente
do município e entramos com o pedido de uso e ocupação do solo e um parecer
técnico sobre a atividade de aquicultura no município. Ainda nos faltava a foto
do local de acesso a represa e uma foto do Google com as coordenadas
geográficas em UTM e também uma carta topográfica com as indicações das
coordenadas em UTM. Para conseguirmos as fotos e a carta pedimos apoio da Secretaria
do Meio Ambiente do município que prontamente se propuseram em nos ajudar em
tudo que precisássemos. Preenchemos alguns documentos disponibilizados no site
da CETESB como por exemplo a MCE (memorial de caracterização do empreendimento)
e no mesmo documento precisamos discriminar como pretendíamos trabalhar com a
aquicultura, como faríamos a produção do pescado,como faríamos para prevenir as
doenças geradas por bactérias nos Peixes, se caso isto acontece qual seria as
medidas para controlar e eliminar as doenças, como faríamos a despesca o transporte,
que tipo de ração usaríamos na alimentação, qual a quantidade de fósforo
contida na ração, espécime que íamos produzir (alóctone ou exótica) seu nome
cientifico, qual seria a produção anual em toneladas, quantos ciclos teríamos
de produção por anos, o que faríamos para evitarmos a poluição do local e para
onde destinaríamos o lixo ou resíduo gerado no local.
Com muito luta e trabalho de pesquisa e apoio do pessoal da Secretaria
do Meio Ambiente (precisamos nos deslocar do município na maioria das vezes contamos
com o carro da Secretaria),conseguimos juntar todos os documentos inclusive o
pedido de outorga que levaria conforme mencionado anteriormente de 6 a 8 messes,
o DAEE nos deu a mesma com 45 dias, levamos todos os documentos na CETESB e
demos entrada novamente mas ainda faltava recolher uma taxa e um pedido de
análise dos documentos protocolado.
No dia 13 de novembro havíamos agendado uma reunião no Ministério
da Pesca - MPA em São Paulo, com o superintendente da pesca. Infelizmente o
mesmo não pode nos atender naquele dia pois o Ministro da Pesca – Sr. Marcelo
Trivela tinha convocado o superintendente para participar do lançamento do
DECRETO 58/544 que fala a respeito da aquicultura no Estado de São Paulo. Fomos
atendidos por uma técnica que nos comunicou que no Estado de São Paulo ninguém
tinha a licença para aquicultura mas que a partir da assinatura deste decreto
as coisa se tornariam mais fácil, e se prontificaram em elaborar um documento
para que levássemos a CETESB no intuito de nos ajudar com a licença ambiental. Recebemos
este documento em alguns dia e encaminhamos para CETESB. Assim que terminou a
reunião no MPA ficamos curiosos para saber o que dizia o decreto e fomos em
busca do mesmo e vimos que a governo estava fomentando a regularização da
aquicultura na Estado, já com algumas exigências. Uma delas é que os
empreendimentos a serem instalados em áreas de proteção de mananciais (como é o
nosso caso) estavam sujeitos a buscar junto a CETESB a licença simplificada ou
ALVARÁ Metropolitano para aquicultura. Anexamos esse documento junto ao
processo na CETESB e depois de alguns dias a mesma nos respondeu que estariam
impedidos de nos dar a permissão para implantarmos os tanques redes pois em
1979 foi feito uma lei federal que prevalecia sobre o novo decreto. Nesse momento
nosso processo ia ser arquivado inviabilizado nosso projeto pois sem a licença
não podemos dar andamento no projeto, com a instalação dos tanques na represa.
No dia seguinte pedimos uma reunião com o gerente da CETESB que nos afirmou que
não poderiam nos atender mas que se nos quiséssemos poderíamos consultar a
CETESB de São Paulo, ou elaborar um documento pedindo o não arquivamento do
processo até que se tivesse um parecer da CETESB SP. Assim, entramos com o
documento pedindo para que a CETESB regional encaminhasse nosso processo para o
jurídico analisar e ainda íamos consultar a CETESB do Estado, partindo em busca
de uma reunião com o Presidente da CETESB em São Paulo. Diante da dificuldade,
pedimos apoio de um DEPUTADO de nossa região que nos recebeu em seu gabinete na
assembleia legislativa e se prontificou a marcar a reunião com o presidente da
CETESB. Alguns dias após falarmos com o deputado, sua assessoria nos comunicou
que o presidente da CETESB ia nos receber. Fomos para esta reunião municiados
de documento,decretos e leis e pedimos que um vereador do município nos
acompanhasse, Elaine e Felipe da entidade acompanhante do projeto e mais a
secretária da associação também participaram da reunião. Fomos recebidos pelo
presidente e mais 2 técnicos que no decorrer da reunião nos comunicou que a
CETESB teria que nos dar a LICENÇA e que a mesma iria comunicar a CETESB
regional que teríamos que ser atendidos quanto ao pedido. Saímos de lá mais
tranquilos e em seguida marcamos um reunião com a CETESB regional para falarmos
sobre o assunto tratado na CETESB Estadual.
Fomos para a reunião com a CETESB regional e no 1° momento o
gerente mais o técnico que nos receberam e duvidaram que tínhamos falado com o
presidente e pediram para que esperássemos o contato da CETESB Estadual com
eles para ver o que poderiam fazer a respeito, mas mesmo assim pedimos para que
eles, através do documento protocolado anteriormente, entrassem em contato como
jurídico. Eles nos responderam que já que tínhamos falado com o presidente e
assim teríamos que esperar o mesmo entrar em contato com eles e isto se
arrastou por cerca 2 meses e meio. Durante todo este tempo mantivemos contato
com a regional semanalmente em busca de uma resposta e fizemos varias reunião
para tentar uma solução, foi quando o programa Por América elaborou uma carta
para que levássemos para as 2 CETESB a regional e estadual pois até aquela data
não obtivemos resposta. Com a carta em mãos nos dirigimos a regional para
protocolarmos a mesma que no primeiro momento foi recusada pois falaram que
estávamos sendo um tanto rude com algumas palavras escritas na mesma e se
protocolássemos a carta da forma que ela foi escrita poderia atrasar mais ainda
a resposta. Retornamos com a carta para casa e entramos em contato com o
programa que prontamente aceitaram excluir da mesma um trecho da carta e fomos
novamente protocolar a carta que desta vez foi aceita tanto pela CETESB regional
como estadual. Cerca de 1 mês após, nos respondeu que estariam encaminhando
nosso processo para o jurídico analisar e que provavelmente a resposta levaria
de 4 a 5 meses.
Quando fizemos a reunião em São Paulo ficamos com o contato de
algumas pessoas presentes na reunião. Entramos em contato com o técnico e
comentamos com ele que nosso processo seria enviado para o jurídico analisar,
mas que ficamos sabendo que demoraria em sair a resposta e nosso prazo quanto
ao projeto não permitia esta demora na resposta, pois já estávamos atrasados
com a prestação de contas do 1° desembolso há cerca de 1 ano e precisaríamos
que ele nos ajudasse a agilizar a resposta do jurídico. Ele nos respondeu que
assim que o processo fosse encaminhado para o jurídico deveríamos avisá-lo
novamente para que ele pudesse nos ajudar sobre o assunto e foi o que aconteceu.
Mantivemos contato com a CETSB regional e no dia que nosso processo foi
encaminhado para o jurídico avisamos o técnico que prometeu agilizar o parecer.
O jurídico respondeu em 45 dias nos dando o parecer favorável, dizendo que a
CETESB regional teria que nos dar a licença de instalação e operação, sendo que
depois que a licença de instalação for emitida, precisamos do parecer do
Ministério da Pesca e da Agencia Nacional da água, permitindo o uso da espaço
físico. A licença de instalação está para ser emitida em breve.
Com a busca pelo licenciamento ambienta precisamos estudar,
compreender, interpretar algumas leis ,decretos, resoluções e instruções
normativas para podermos falar sobre o assunto com mais conhecimento e também
para elaborarmos os documentos necessários para podermos saber argumentar
dependendo das respostas emitidas pelo órgão licenciador. Sem o estudo das leis
federais e estaduais conforme mencionado acima não teríamos como conseguir os
documentos necessários junto ao DEE, CESP, MPA, IBAMA, ISS,Receita Federal ,Secretaria
do Meio Ambiente, Instituto da Pesca e a CETESB para pedirmos a licença
ambiental sem um acompanhamento de um Técnico no assunto. Isto nos permitiu um
aprendizado e uma visão sobre AQUICULTURA com mais clareza.
Primeiro
Desembolso
Recebemos o primeiro desembolso em junho de 2012, mas como o
dinheiro vem em dólares, ficou preso no câmbio por cerca de 2 meses. Precisamos
juntar vários documentos para comprovar que o mesmo correspondia a uma verba
destinada ao Projeto Jaguari. Quando montamos o projeto fomos comunicados que
7.5% do valor estimado do projeto teria que ser a contrapartida da ODB e colocamos
no projeto varias ações para acontecer. São contrapartidas in natura pois a ODB não tem dinheiro para entrar como
contrapartida. Quando conseguimos liberar o dinheiro do câmbio ficamos sabendo
que os descontos das taxas bancárias e cambiais teríamos que recoloca-los pois
o dinheiro vindo do programa não poderia ser usado para pagar estas taxas. Isto
nos trouxe uma complicação pois não temos de onde tirar o dinheiro para cobrir
as taxas, sem contar que o trimestre começou a ser contado a partir da data que
o programa remeteu a verba, ou seja, quando
conseguimos a liberação do dinheiro retido no câmbio nosso trimestre já estava
com 2 meses de atraso e precisaríamos
fazer em 1 mês tudo que estava previsto para o 1º trimestre. Depois que
liberamos a verba começamos a fazer as TR para convidar algumas pessoas a
prestar o serviço discriminado no projeto. Precisaríamos contratar um técnico
em criação de peixes em tanques redes para nos dar uma capacitação, um técnico
em planejamento estratégico para nos capacitar e um técnico em gestão
financeira, além de adquirir equipamentos de informática e conseguir a licença
ambiental. Tudo isso deveria ter acontecido no primeiro trimestre, mas não foi
possível cumprir. Fizemos as capacitações e compramos os equipamentos de
informática até dezembro,mas não conseguimos a licença ambiental que também
estava descrita no 1º trimestre. Além disso, não gastamos o valor que estimamos
para conseguira licença e isso nos impediria de prestar contas e solicitar o 2º
desembolso pois não havíamos atingido os 70% do valor do 1° desembolso. Depois
de 10 meses do 1° desembolso e sem a licença pedimos uma reunião via SKYPE com
a senhora Wanda e a Senhora Sonia do Programa Por América e elas nos
aconselharam a pedir o remanejamento do valor não usado até o momento para que
se fosse aprovado pelo programa nos possibilitaria fazer a prestação de contas
e pedir o 2° desembolso. Nosso projeto estimado para se findar em 18 meses já
havia passado 10 meses e estávamos ainda na primeira fase. Estávamos muito
atrasados.
Fizemos o pedido de remanejo com sua justificativa para o programa
e o mesmo foi aceito. Logo em seguida precisamos adiantar algumas atividades do
projeto que aconteceriam no 4° trimestre para o 2°, só assim poderíamos dar
continuidade no projeto e entramos com um novo pedido para o programa
explicando porque teríamos que adiantar aquela atividade e o mesmo foi aprovado.
Fizemos então a prestação de contas e pedimos o 2° desembolso. Alguns dias após
o pedido do 2º desembolso fomos comunicado que o mesmo já tinha sido remetido
para o andamento do projeto e que estava retido no câmbio.
Segundo
Desembolso
O 2º repasse foi feito em Agosto e só conseguimos retirá-lo do câmbio
em OUTUBRO, mas como já tínhamos passado pela mesma situação no 1° desembolso,
logo que ficamos sabendo que o 2º já estava liberado começamos a fazer o Termo
de Referência para contratarmos um técnico para nos dar outra capacitação de
criação de peixes em tanques redes, agora em um local que já estivesse com toda
infra estrutura montada e produzindo o pescado. Também fizemos o TR para
comprarmos o barco e seus acessórios sem termos o ainda o dinheiro, fizemos
tudo isto com o dinheiro preso no câmbio mas para isto estimamos que quando
conseguíssemos a liberação do mesmo já saberíamos onde adquirir os serviços e
produtos. O dinheiro foi liberado em OUTUBRO e em seguida reunimos o comitê de
compras para selecionar quem nos prestaria o serviço de capacitação e onde compraríamos
o barco. No final de OUTUBRO fizemos a capacitação. Precisamos nos deslocar
para uma cidade vizinha por 2 dias e lá fomos capacitados. No começo de NOVEMBRO
compramos o barco que será entregue no final do mês. Desta vez deu tudo certo,
conseguimos utilizar o valor do 2º desembolso no trimestre previsto no projeto.
Ou seja, tropeamos no 1º desembolso para aprendermos trabalhar no 2º.
Plano de Negócio
O ICE nos apresentou o pessoal do ITCP – Incubadora Tecnológica de
Cooperativas Populares da FGV – Fundação Getúlio Vargas. Fizemos uma reunião e
falamos do projeto e eles, através do ICE, nos propuseram a fazer um plano de
negócios. Porém o plano quem teria que fazer éramos nós, eles nos auxiliariam
quanto a elaboração.Topamos o desafio pois este plano é fundamental para quando
começarmos a produção do pescado, assim já saberemos como devemos fazer e para
quem vender para agregar valor no produto. Também no plano de negócios pensamos
em um possível projeto de aquisição de um caminhão frigorífico junto ao Ministério
da Pesca, sendo que o mesmo nos possibilitaria vender o pescado de bairro em
bairro, pois este caminhão além de ser frigorífico, poderia ser usado como uma
barraca de feira nos viabilizando a venda nos bairros ou até mesmo nas cidades
vizinhas do nosso município.
Plano de
Comercialização
Assim que terminamos o plano de negócios em Fevereiro de 2012 fomos
comunicados pelo programa que teríamos uma capacitação na cidade de Vitória-ES para
aprendermos a elaborar uma plano de comercialização. Nos deslocamos do estado
de São Paulo para Vitória e as despesas foram pagas pelo programa que nos enviou
as passagens áreas que também nos permitiu nosso primeiro voo pois nunca
tínhamos viajado de avião. Fizemos 2 dias de capacitação ministrado pelo Senhor
HENRY e a Senhora Wanda e saímos com uma missão a cumprir: precisaríamos elaborar
um plano de comercialização a partir daquela data para se entregue em Agosto.No
primeiro momento achamos que era muito tempo para a elaboração do plano, em
seguida recebemos uma revista dos passos a serem seguidos para a elaboração do
plano e uma senha enviada pelo Senhor Henry para acessarmos a aula virtual que
nos ajudaria na elaboração do plano.Com ajuda do ICE (entidade acompanhante)e da
ITCP fizemos várias reuniões para elaboração do pano e na data prevista enviamos
o plano para o conhecimento do programa.E chegamos a conclusão que o tempo
estipulado pelo programa no dia da capacitação que nos achamos que era muito na
realidade quando terminamos o plano vimos que o mesmo foi curto.
Ficamos preocupados e ansiosos para saber se nosso plano tinha
sido aceito pelo programa e alguns dias após o envio recebemos um E-mail do
senhor Henry pedindo autorização para que ele colocasse na aula virtual o plano
de comercialização de nossa associação, ficamos surpresos com o pedido e
autorizamos.
Para quem estiver lendo esta sistematização e quiser saber sobre o
plano de comercialização da APASIAN e tiver a senha de acesso a aula virtual é
só acessar e ir até a sessão 14.
Com o plano de negócios
e o plano de comercialização conseguimos duas ferramentas fundamentais para o
desenvolvimento do projeto e a venda do produto pois os dois planos juntos nos
direciona para uma grande visão do futuro. No plano de comercialização
aprendemos a desenvolver e a observar o Mercado objetivo, Mercado local, nicho
de mercado, Missão, Visão, Valores;
Forças de Mercado; Segmentação de mercado e nichos; Clientes;Concorrentes;Produtos;Cadeia
de Valor;Marca;Canal de Distribuição, etc.
Contratação de serviços contábeis
Com a elaboração do projeto percebemos que era preciso contratar
um contador. Fizemos uma pesquisa de mercado em nosso município mas não tivemos
êxito pois todos que consultamos não aceitaram tomar conta da documentação da
associação, alegando ser muito burocrático tomar conta dos documentos de uma
associação. Precisamos nos remeter para um contador na cidade de São Paulo que
aceitou o serviço, mas a associação não disponibilizava do valor para pagar o
contador.
Mesmo assim contratamos nos primeiros meses e conseguimos
arrecadar o valor para pagar a contadora com os sócios da APASIAN, mas conforme
nosso projeto foi se desenvolvendo e todo mês fazemos as reuniões com os
associados e prestamos contas das entradas e saídas da associação, eles viram
que tinha dinheiro para desenvolver o projeto e não tinha dinheiro para nossa
despesas e pararam de nos ajudar. Foi quando o coordenador do projeto decidiu
doar a verba do projeto que não era muito para pagar a contadora num gesto de
conscientização dos demais. Entramos com um documento junto ao programa pedindo
que o valor do coordenador fosse remanejado para pagamentos contábeis e o mesmo
nos concedeu o pedido e conseguimos com isto pagar pelo serviço com o valor
destinado ao gestor cerca de 3 meses pelo serviço contábeis.
Parcerias durante
o Projeto
Com o desenvolvimento do projeto conseguimos algumas parcerias.
Prefeitura Municipal nos apoia quanto ao desenvolvimento do
projeto nos cedendo carro para nos deslocarmos para outras cidades, nos
ajudando com seus técnicos nas elaborações de alguns documentos, não cobrando
algumas taxas em pedidos de documentos e mapas expedidos pela mesma e nos
cedendo o espaço físico da sede onde estamos localizados no município. Em troca
cuidamos e conservamos o local e um fato muito importante é que todos os
eventos promovidos pela associação a prefeitura apoia com contrapartidas (uso
do carro, barraca, na colocação de faixas na cidade divulgando nosso evento e
nos ajuda com o trânsito na passeata que fazemos na cidade quando realizamos o
SOS REPRESA JAGUARI onde recolhemos o lixo encontrado na represa.
Deposito Caesa materiais para construção nos apoia cedendo o
caminhão e o motorista para recolhermos o lixo da REPRESA no dia do SOS e
contribui com uma faixa na divulgação do mesmo.
Beltur Turismo nos apoia no SOS cedendo seu barco para
recolha do lixo no SOS e contribui com uma faixa na divulgação do mesmo.
Recanta Apoena nos apoia no SOS cedendo seu barco e seus
funcionários para recolha do lixo no SOS,contribui com uma faixa na divulgação
do mesmo e disponibiliza seu barco para coleta da água da represa do Jaguari
para análise para o desenvolvimento do projeto.
DistakVideo e Locadora nos apoia no SOS e contribui com uma faixa na divulgação do
mesmo nos ajuda na elaboração de convites para os eventos realizados por nós,
revelam as fotos tiradas nos eventos sem custo para associação
Instituto da Pesca nos disponibilizou 4 funcionários e
equipamentos para análise do Fósforo encontrado na água da represa, cedendo um
laudo sem custo para associação para juntarmos ao processo de licenciamento
para aquicultura junto a CETESB.
Jornais de circulação no município nos cede espaço no mesmo para
divulgação das ações da Associação sem custo para a mesma.
REDISBEL um grupo de pessoas que luta pelo desenvolvimento do município e
apoia a associação em todos os eventos ajudando a planejar, registrar o mesmo e
na divulgação nas redes sociais (internet).
ICE alem de ser entidade acompanhante do projeto apoia a associação
em todos os eventos que realizamos e nos ajuda a fazer pesquisas sobre assuntos
relacionados com o licenciamento ambiental para aquicultura.
Lions Club nos cede sua sede para realizarmos alguns
eventos para arrecadarmos fundos para associação (ex. noite do peixe, noite da
panqueca etc.)
Câmara Municipal nos permite o uso do telefone fixo
comunicarmos com pessoas distantes do município para resolvermos assuntos sobre
a licença e também cerca de 80% dos vereadores contribuíram com o livro ouro
(onde captamos recursos) e nos homenagearam com um documento de MENÇÃO HONROSA
expedido pela mesma, parabenizando a APASIAN pelo trabalho realizado no
município .
Associação Cata papel apoia a APASIAN em todos os eventos e recebe
todo lixo reciclável retirado da represa na realização do SOS dando a
destinação do mesmo de maneira adequada.
Comprática cursos disponibilizou para APASIAN 2 vagas para o
curso de aquaponia gratuitamente.
Entrevista para
TV News.
Fomos convidados pela TV News de Mogi das Cruzes , para dar uma
entrevista sobre o tratamento de esgoto de Santa Isabel. Fizemos uma reunião
para decidir quem ficaria responsável para representar a APASIAN na entrevista ,o tesoureiro Dener Marcos Passoni
da APASIAN foi o escolhido.
3º SOS Represa do
Jaguari.
Foi realizado na semana do meio ambiente no mês de Junho para
realizarmos mais este evento contamos com o apoio da REDISBEl, ICE, Prefeitura
Municipal, Camara Municipal, Caesa, Beltur turismo e Recanto Apoena que juntos
elaboramos e planejamos a ação. Fizemos a divulgação na radio, jornais locais,
faixas colocada na ruas e também utilizamos uma bicicleta com som que percorreu
o centro da cidade e alguns bairros da cidade convidando a população para
participar da ação , na data prevista participaram cerca de 50 pessoas 4 barcos
e carros também contamos com a presença da TV DIÁRIO de MOGI das Cruzes que
entrevistaram algumas pessoas no local da ação , as entrevistas passaram na 1º e
2º edição da TV .
Recolhemos nesta ação cerca de 250 quilos lixo reciclável e não
reciclável, os recicláveis destinamos para a CATA PAPEL e o restante a
Prefeitura recolheu e destinou para o aterro sanitário. Percebemos que nesta
ação recolhemos cerca de 50% de lixo em comparação ao 1º e 2º SOS, logo após os
trabalhos realizados no entorno da represa saímos em passeata pela cidade para
mostrar a população que o lixo retirado da represa é fruto do desrespeito ao
meio ambiente e que o lixo também causa poluição.
Aprendemos com mais este ato que quando mais pessoas estiverem
envolvidas nas ações mais resultados alcançaremos.
Captação de
Recursos
Como já mencionamos, a APASIAN não recebe doação em espécie, pois
todos que antes contribuíam não contribuem mais, mas a APASIAN tem despesas
mensais (água, luz,contadora e produtos de limpeza para a sede, etc.) Por isso, algumas vezes no ano precisamos nos
mobilizar e fazer alguns eventos na cidade para captarmos recursos.
Realizamos a Noite do Pastel e um Bingo com o intuito de angariar
fundos para a APASIAN. Nesta noite conseguimos reunir na sede da APASIAN cerca
de 50 pessoas, embora tenha sido uma noite corrida para as pessoas que
organizaram e executaram o evento foi muito boa e prazerosa e aprendemos que se
temos objetivos em comum não há nada melhor que a união para obtermos sucesso
no resultado final. E para conseguirmos esse sucesso captamos recursos com
alguns associados e amigos para a compra dos ingredientes do Pastel e de outras
coisas que foram vendidas na noite.Ganhamos para colocar como prenda no bingo
uma leitoa mas como não havia muitas pessoas participando do bingo neste evento
não conseguimos fazer o bingo da leitoa e decidimos coloca-la em uma rifa. Com
a verba arrecadada na noite do pastel e a rifa da leitoa conseguimos pagar uma mensalidade
da contadora e outras despesas.
Para organizarmos esse evento fizemos uma pesquisa de preços,
pedimos colaboração dos empresários da cidade e fizemos uma divulgação através
de cartazes. Aprendemos trabalhar em equipe, respeitar a decisão de cada um e
juntos conseguimos realizar o evento da Noite do Pastel
Noite da Panqueca
Foi realizado no mês de Novembro de 2012 e também foi planejado
com o intuito de angariar fundos para a APASIAN. Para esse evento vimos a necessidade
de um local de fácil acesso para todos, conseguimos reunir cerca de 70 pessoas
e foi uma noite muito boa. Vimos que só com união, tolerância e compreensão
conseguimos sucesso.
E para isso contamos com a parceria do Lions Club que nos
emprestou seu espaço. Para realizarmos esse evento elaboramos os convites e
alguns foram vendidos antecipadamente para que pudéssemos comprar os
ingredientes para a Panqueca. Tivemos a ajuda de algumas pessoas que
conseguiram doações de mais ingredientes. Sem a colaboração e determinação de
todos não teríamos conseguido e nem esse dia teria sido um sucesso.
Fizemos a divulgação através do jornal da cidade e através dos
convites que vendemos antecipadamente. Aprendemos a fazer um evento mais organizado,
fazendo uma divulgação para atrair mais gente para os eventos.
1ª Noite do Peixe
Foi realizado no mês de Maio de 2013 com o mesmo intuito dos
anteriores, esse também realizamos no espaço do Lions Club. Nesta noite
conseguimos reunir cerca de 100 pessoas e também foi uma noite prazerosa. Entendemos
que a simples atitude de pedir ajuda nos faz sentirmos bem. E a cada evento
aprendemos procurar entender como fazer e executar da melhor maneira
possível.
Elaboramos o convite e cada
pessoa que faz parte do projeto ajudou na venda antecipada, que nos permitiu
comprar os ingredientes necessários.
Novamente contamos com a parceria do Lions Club que gentilmente
nos cedeu seu espaço, e nos ajudou pedindo para seus associados que comprassem
o nosso convite. O evento foi mais um sucesso pois muitas pessoas falam até
hoje e nos perguntam quando iremos fazer a 2ª. Não esperávamos agradar tantas
pessoas pois são poucas que colocam o peixe no seu cardápio.
Aniversário de
Santa Isabel
Foi realizado no mês de Julho de 2013 para angariarmos fundos para
a APASIAN. Esse evento foi realizado em um local cedido pela Prefeitura, durante
10 dias de festa. Mais uma vez concordamos que a união realmente faz a força,
pois se não fosse isso jamais tínhamos conseguido aguentar os 10 dias.
Fomos convidados pela Prefeitura para participar da festa
colocando uma barraca e que fosse vendido peixe ou outra coisa que quiséssemos,
mas optamos em colocar o filé de peixe cortado em tiras (iscas) entre outras
coisas. Dessa vez não precisamos captar recursos pois já tínhamos um pouco que
sobrou do último evento, com isso compramos os ingredientes necessários. Esse
evento ajudou que mais pessoas soubessem sobre a Associação.
Livro Ouro
Alguns messes após a contratação da Contadora a mesma nos
comunicou que a APASIAN estava em dívida com a receita federal e precisaríamos
quitar esta dívida o mais rápido possível. Convocamos uma reunião com os
associados e decidimos que para arrecadarmos o valor necessário era preciso
fazer um livro ouro e um dos sócios ficou responsável em percorrer a cidade com
o mesmo no intuito de arrecadar uma contribuição de algumas pessoas do
município para pagarmos essa dívida. Conseguimos que várias pessoas
contribuíssem no livro ouro para o pagamento da divida entre elas vereadores,
comerciantes, associados e outras organizações.
Camará setorial
do pescado.
Com nossa busca pelo licenciamento ambiental para aquicultura
conhecemos varias pessoas, em Outubro de
2013 uma destas pessoas nos convidou para
preencher um documento que nos possibilitaria a concorrer a uma cadeira
na Camará Setorial do Pescado que tinha 20 vagas para serem preenchidas mas que
já havia cerca de 120 entidades inscritas para concorrer as 20 vagas e que
junto com o documento a ser preenchido havia uma lista dos inscritos,
observamos na lista que as entidade que já tinham preenchido o documento eram
de mais idoneidade e tinham mais experiência sobre o assunto pescado que a APASIAN,
no primeiro momento nos retraímos quanto ao preenchimento do documento pois
achamos que não teríamos chance de conseguir uma das vagas mas em respeito a
pessoa que nos convidou preenchemos os documentos e entramos na disputa por uma
das vagas, alguns dias se passaram e recebemos um e-mail da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo nos convidando a participar de uma reunião que aconteceria no dia 5
de Dezembro no mesmo local e que as entidades que foram escolhidas para
preencher as 20 cadeiras estavam obrigadas a confirmar sua presença na reunião
e que no Diário Oficial de São Paulo publicado no dia 31 de Outubro estavam
publicado o nome das entidade que a partir da publicação passariam a fazer
parte da Camará Setorial do Pescado e
para nossa surpresa lá estava o nome de nossa entidade.
Aprendemos com isto que nunca devemos nos julgarmos pequenos
ou inferiores aos demais em nem nos
menosprezar pois só vencemos uma guerra quando participamos dela.
Significado do
projeto na visão de nossos parceiros
Do ponto de vista
ambiental o Projeto irá trazer grandes benefícios, pois entendemos que após a
oferta de peixe aumentar haverá uma queda na pesca predatória uma vez que não
haverá procura por esses produtos pelos consumidores. No aspecto social
também será de grande valia para com o município pois será uma nova atividade
que gerará renda para os ribeirinhos entre outros que dependem da pesca no
município.
A Prefeitura vem apoiando o projeto
em todas as suas frentes pois entende que com o desenvolvimento local poderá
alavancar o Município nas questões sociais e ambientais, tanto é que após a
transição de 3 Secretários todos se mostraram favoráveis ao projetos uns mais
outros menos, mas assim contribuindo com a APASIAN viram um oportunidade de
melhorar as condições da Represa do Jaguari e consequentemente acabar com a
pesca Predatória.
Coloco-me a disposição novamente para
contribuir pela causa da APASIAN, e fortalecer as premissas acima citadas.
Fábio da Silva Laurindo
Assessor Executivo de Meio Ambiente
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Queremos ver o projeto implantado
para que encorajem outras pessoas a desenvolverem projetos semelhantes.
Luiz Carlos do Espírito Santo
Depósito de Materiais de Construção - CAESA
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Dificuldades nas mãos da APASIAN não
existem. Acompanhamos uma parte da estruturação para realizar as atividades
de criação de peixes em tanque rede e percebemos que há muita garra,
determinação e muita ética praticada pelos associados liderados pelo
Presidente Jair.
A atividade da Piscicultura é uma das
mais antigas do mundo mas o peixe ainda não tem o seu consumo preferido. Mas
as APASIAN acredita que a atividade além da fonte de renda e geração de
trabalho é uma inesgotável fonte de alimentação e pretendem contribuir para
aumentar a oferta de peixes.
A APASIAN está, de forma gradativa,
dando exemplo de bom uso dos financiamentos para a "erradicação da
fome" com o direcionamento correto para a capacitação profissional dos
seus associados bem como a aquisição de equipamentos e instalações.
Na busca de atender à legislação, a
APASIAN passou a ser referência para outros interessados na mesma obtenção
pois pelo empenho, passou a saber o "caminho das pedras", depois de
muitas idas e vindas nos Órgãos Públicos.
Nos orgulhamos de poder atender às
capacitações solicitadas pela APASIAN.
Antônio Manuel
Comprática
Cursos
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